domingo, 27 de junho de 2010

domingo, 20 de junho de 2010

TORCEDOR NÃO TEM MAIS VOZ!

O pior das vuvuzelas nem é o som que elas produzem. É o que elas não te deixam ouvir: o grito, o batuque, o canto das torcidas. Pela primeira vez numa Copa do Mundo as arquibancadas não têm voz. Não se distingue, pelo som, um sotaque do outro, vaias de aplausos, palavrão de saudação, a língua inglesa do dialeto zulu. O vuvuzelaço nos estádios não permite identificar sequer para quem torce quem assopra. O zumbido atravessa, monocórdio, os 90 minutos de jogo.
Já há quem diga, inclusive, que o melhor da Copa até agora, afora o Messi e a Alemanha, foram os momentos de execução dos hinos nacionais – quando, milagrosamente, calam-se as vuvuzelas. Com a bola rolando, não se ouve o baque da bola na veia, os ritmos africanos, a vibração da galera, o apito do juiz, o grito de gol… A sonoplastia do futebol não é mais aquela.
Ruim pra quem assiste, pior para quem joga: o técnico não se faz ouvir em campo, a barreira não escuta a armação do goleiro, o zagueiro não entende a advertência do juiz, futebol virou conversa de surdos. Para quem está em casa, resta sempre a opção de dar um mute na TV para tirar o som das vuvuzelas, mas não há recurso eletrônico que recupere o que elas não te deixam ouvir. Pela proibição, já!

COPA 2

“Há um único remédio para toda espécie de culpa: reconhecê-las.”
Franz Grillparaer

sábado, 12 de junho de 2010

DICAS DE DIVERSÃO PARA SOLTEIROS NO DIA DOS NAMORADOS

Contratempos Modernos

A PIOR E MELHOR ÉPOCA PARA QUEM GOSTA DE FUTEBOL

A cada quatro anos, a COPA DO MUNDO. Mais uma semana e a da ÁFRICA começa. Pra quem gosta de futebol, tudo de bom. Tudo de bom desde que recolha-se ao silêncio e passe batido pelas entendiantes e requentadas matérias que jornais e revistas publicam à exaustão nos dias que antecedem; ignore as entrevistas lamentáveis dos jogadores e as mais lamentáveis e estapafúrdias perguntas dos jornalistas; esconda-se de todas as mesas redondas. Abaixe o som da televisão. E, de preferência, e se possível, se tranque num lugar adequado, absolutamente sozinho e a quilômetros de distância dos “torcedores de copas”; pra quem gosta de uma bebidinha duas ou três doses, sem exagero, e, quem sabe, um jazz ou uma música clássica de fundo. Melhor ainda se puder se retirar de sua rotina e desaparecer durante todo o período. Claro, pra evitar os “chatos de copas” que querem passar o tempo todo comentando sobre uma coisa que até ontem não tinham o menor interesse, e, depois do apito final, voltam a ignorar – GRAÇAS A DEUS – por mais 4 anos. Que delícia que é a COPA DO MUNDO. Que horror que é a COPA DO MUNDO. Vou trabalhar de algodão nos ouvidos e óculos escuros.

MENTIRINHA

“... dos meus sonhos eu procuro acordar e perseguir meus sonhos. Mas a realidade que vem depois não é bem aquela que planejei. Eu quero sempre mais...”.
Edgard Scandurra

terça-feira, 8 de junho de 2010

ELAS GOSTAM DE FAZER PROGRAMA DE QUATRO

Nas aventuranças noturnas do casal, há aquele momento de chamar outra dupla pra dividir a noite. Alto lá, caubói, nada de suíngue, estou a falar dos double-dates da vida. Geralmente é ideia da mulher, isso de chamar um "casal-amigo" para ir junto. Quando não, o convite parte de lá. Da mulher de lá.
Na hora e no bat-local marcado, a comparação é inevitável. Elas falam dos defeitos e manias deles. Eles comentam as implicâncias delas. Até a calcinha pendurada no chuveiro vira assunto de mesa de bar.
Ainda assim, prefiro um fogo-cruzado desses, correndo o risco de levar uma bala perdida na omoplata da minha auto-estima, do que tirar meia hora de prosa com casalzinho perfeito. Esses, sim, são da pior espécie para se dividir litro de vodka. Com o sorriso colgate-palmolive rasgando o rosto, os dois se gabam mais do que filho de astronauta. É um "meu amor faz isso", "Fulaninha ganhou aquilo", "a gente vai comprar aquilo outro"... Sabe candidato a vereador de primeira viagem? Pois então!
Tem também aquele casal de contrastes, que se completa. Ele, rapaz articulado das ideias, apesar de brucutú malamanhado; ela uma fashionista pintosa, que sabe como vestir do cachorro da madame ao alto executivo, mas é mais burra do que uma porta sanfonada de plástico. Nesse caso, a conversa precisa de tradução simultânea. Tecla SAP neles!
Por último, mas não menos importante, tem o casal cream-cracker com margarina sem sal. Até desce bem com um cafezinho, mas se você reparar direito é um troço sem graça alguma. É do tipo que conversa água, dá beijo e troca carinho pra evitar o silêncio das almas penadas. Se bobear, ela obriga o mequetrefe a decorar as piadas de Jô Soares pra, na hora H, danar o cutucão que precede o esporro: "vai, amor, conta aquela!". Achando pouca a desgraça, o rapazote abilocil, mais sem jeito que padre católico no carnaval de Olinda, começa a anedota e lá pras tantas esquece o final.
É barra de gota, meu prezado. Como consolo, fica a certeza de que tem muito nêgo sofrendo por aí enquanto a gente vai levando na banguela. Bebamos a isso!

FLASH MOB GUY

“Se não posso regular os acontecimentos, regulo a mim mesmo.”
Michel de Montaigne

domingo, 6 de junho de 2010

QUAL O MELHOR PAÍS DO MUNDO?

BIG BROTHER DEFUNTO

A distância não vai mais atrapalhar o último adeus. Em alguns velórios já é possível acompanhar ao vivo, por uma webcam conectada à internet, a cerimônia de um parente ou amigo. É só escolher no site a sala desejada e acompanhar o choro. Ainda é possível mandar por e-mail mensagens de condolências.
No Recife, um cemitério, pioneiro no serviço virtual, tem planos de oferecer também salas de chats durante os velórios para a participação dos internautas.

Custo: Gratuito.
Lugar: Várias cidades do Brasil.
“Deus ajuda aqueles que ajudam a si mesmos”.

Benjamin Franklin

quinta-feira, 3 de junho de 2010

PIRÂMIDE ALIMENTAR

Desafoto

TACOTICO

Toda empresa começa incompetente. E isso é natural. Tudo é novo, normalmente não existem recursos suficientes ou corretamente alocados, as pessoas ainda não se familiarizaram com as tarefas, etc. Nesse cenário é comum que ocorram erros e é a partir deles, com aquela coisa maravilhosa chamada "aprendizado", que as empresas vão evoluindo para a competência e o sucesso. Mas algumas empresas não aprendem. Não adianta crescer, não adianta contratar mais gente, fazer mais investimentos ou veicular aquelas propagandas maravilhosas. Elas sofrem do Tico: Transtorno da Incompetência Compulsiva Obsessiva.
Sabe aquela oficina mecânica do seu bairro? Está com o Tico. Aquela empresa de manutenção de piscinas? Ta com o Tico. Aquela outra de aquecimento solar? Ta co Tico. Ou aquela de telefonia celular? Tacotico. O Transtorno da Incompetência Compulsiva Obsessiva anula a capacidade de aprender com os erros, de enxergar em meio às incertezas, de pensar em longo prazo ou até mesmo de priorizar valores morais. Essas empresas podem até ganhar dinheiro num contexto de falta de concorrência, mas estão sempre em risco.
Já as empresas com capacidade de aprendizado conseguem livrar-se do Tico e crescem saudáveis. Navegam bem sucedidas por uma região que chamo de "área de competência". Fazem direitinho o que delas se espera, melhoram com o tempo, adotam novos procedimentos e ganham a nossa confiança. Até que um dia crescem. Bas-tan-te. Tornam-se grandes corporações milionárias e poderosas. E então adquirem o Teco: Transtorno da Excelência Compulsiva Obsessiva.
“Em uma grande alma, tudo é grande.”
Blaise Pascal

terça-feira, 1 de junho de 2010

ETIQUETA NA NET

DÊ DIGNIDADE AO SEU AMOR!

Freqüentemente, confundimos amor com carência. Deixamos essa sensação de vazio e solidão ocupar nosso coração de tal forma e com tal intensidade que perdemos a referência dos nossos mais profundos sentimentos.
No entanto, fiquei pensando num antídoto para esses enganos e não me veio nada melhor que a palavra “dignidade”! Palavra essa que tem a ver com honra, amor-próprio, respeito, enfim, autoridade para amar!
É isso: que tenhamos autoridade para amar!!! Porque usar as dificuldades de uma relação para rapidamente ocuparmos o papel de vítimas é o que temos feito quase sempre. Mas nos falta coragem para admitir nossas limitações, para conseguir reconhecer o outro como um mestre, um espelho de nós mesmos.
Porém, esquecemos que da mesma forma que esse espelho nos mostra nossas feridas e dores, nossos buracos e medos... da mesma forma que ele escancara nossa insegurança e muitas de nossas máscaras... ele também nos mostra nossas qualidades, nossa sabedoria, nossos dons e brilho pessoal.
É no exercício de amar e compartilhar o que temos de mais íntimo, que podemos perceber quem realmente somos, desde que estejamos dispostos a nos olhar, a nos conhecer e nos reconhecer exatamente como somos. A partir de então, podemos iniciar um processo de transformação, de autotransmutação.
Essa é a grande magia do amor. É a alquimia do coração! Muito mais importante do que ficarmos o tempo todo fazendo questionamentos sobre os conceitos e as regras do amor, é a oportunidade que temos de compreender a força e o poder contidos no momento presente, no agora!
Portanto, sugiro que você relaxe e pare de se preocupar com perguntas como “será que encontrei minha alma gêmea?”, “será que vai dar certo?”, “será que devo me expor, ser sincera e mostrar o que sinto?”. Chega de tantas suposições para amar! Chega de buscarmos tantos motivos, tantas respostas, tantas garantias...
Que possamos simplesmente nos deixar absorver pelo que a vida está nos oferecendo neste instante; que possamos nos agarrar à preciosa chance de nos encontrarmos, de finalmente enxergarmos a nossa própria alma através do amor, do que o outro se torna em nossas vidas.
É a intensidade com que você vive que faz a sua vida realmente valer a pena! É a sua decisão de acreditar que o seu poder pessoal está dentro de você – e nunca no outro – que faz com que o amor se transforme num caminho para a sua evolução e não num jogo onde ganha quem está “sempre por cima”...
Isso é uma grande perda de tempo! Um enorme desperdício de energia, sentimento e possibilidades. Olhe para o outro e enxergue nele, de uma vez por todas, o amor que você tem para dar, a alegria que você pode proporcionar, o encanto que brilha em sua essência.
Tudo, absolutamente tudo, inclusive o amor, acontece de dentro pra fora! Mas enquanto você insistir em atribuir à vida, ao outro ou à relação tudo o que você sente de bom ou de ruim, nada terá sido verdadeiramente seu...
Dê dignidade ao seu amor, assim como a tudo que faz parte de você. Seja a sua dor, o seu desespero, a sua falta de autoconfiança, o seu medo de não conseguir... Não importa: que você seja digno enquanto chora e enquanto ri. Enquanto ama e enquanto perde o seu amor. Que você possa ter autoridade sobre seu coração durante todos os dias de sua vida, porque depois dos momentos mais difíceis que você passar, restará apenas isso: a sua dignidade e, sobretudo, a sua capacidade de recomeçar e amar novamente... sempre de uma maneira nova, mais inteira, mais você!
Rosana Braga
“Nós dois unidos constituímos uma multidão.”
Ovídio