Defini que, entre 2013 a 2015, eu só vou
ler textos longos referentes ao tema da minha dissertação. Porém, terei que abrir
deliciosas exceções. Como essa abaixo e sugiro: LEIAM. Vai explodir sua cabeça. Para o
bem.
Li este texto através de um compartilhamento que namorado meu lindo fez numa rede social via blog Don’t touch my moleskine. O referido post apresenta David Baker. Por anos ele foi editor-chefe da
versão inglesa da revista Wired, a bíblia da tecnologia, e hoje é professor na
The School of Life, a escola criada por Alain de Botton e Roman Kznaric
(“Escola da vida” criada em Londres planeja versão brasileira + Como encontrar
o trabalho da sua vida).
Nos anos 1980, Baker deixou o
emprego em um escritório de relações públicas e teve que aprender duas coisas:
como ganhar dinheiro sendo seu próprio empregador e como lidar com o tempo para
tirar o melhor proveito dele. Em uma época em que o lema era “work hard, play
hard”, Baker decidiu não ser um yuppie. “Tomei uma decisão de trabalhar menos,
ganhar menos e gastar menos. Vivo confortavelmente, não sou um milionário.
Entre os meus amigos, provavelmente, sou o que ganha menos, mas sou o que tem
mais tempo. E pra mim essa troca foi bonita.”
Marco abaixo os trechos que mais
pirei. Você pode ler tudo na íntegra aqui.
“O que nós precisamos é
reconfigurar nossa relação com a tecnologia. Em vez de usá-la para viver nossas
vidas, nós temos que viver as nossas vidas e usá-la como ferramentas extras
para isso”.
Isso me lembrou uma recente discussão no Facebook sobre usar ou não
Whatsapp, que não levou a lugar nenhum. Certamente chegaríamos a algum lugar se
esse lugar fosse mais, digamos, analógico.
“Pessoas que não podem deixar
seus telefones de lado têm um problema psicológico”.
De uns tempos pra cá tenho achado cada vez mais libertador ficar longe
do meu.
“Eu checo emails duas vezes por
dia, geralmente. E minha vida é ok, não é um desastre. No resto do tempo eu
espero encontrar prazer em outros lugares”.
Estou avaliando profundamente uma forma de entrar nessa também sem
levar bronca do chefe.
“Quanto mais conectados, mais nos
sentimos sozinhos. O que acontece é a Fomo (fear of missing out), o medo de
perder as coisas é um sentimento muito profundo, principalmente para quem vive
em grandes cidades. O que acontece é que na internet vivemos em “megalópolis”.
Se eu já tive Fomo, já passou.
“Ficar sozinho não precisa ser
uma coisa ruim. Porque a internet é baseada em conexão, quanto menos você tem
parece que é pior. Mas esses momentos quando estamos sozinhos de uma maneira
boa são momentos de pensamentos profundos que podem nos levar a descobertas
maravilhosas sobre o que somos capazes de fazer”.
Só me faltam os ‘pensamentos profundos’ e as ‘descobertas maravilhosas’, solidão pra mim é tranquilo. Momentos. Curtos.
“Informação hoje na internet tem
que gritar para ser ouvida. Acho que a quantidade de dados que trafega na
internet em um mês é de 40 exabyte. O interessante é que 5 exabytes é o número
total de palavras ditas pelos seres humanos em toda a história”.
WHAAAAT?
WHAAAAT?
E o resto, dá pra notar, é sensacional.