domingo, 11 de julho de 2010

TWITTER, NÃO NOS ABANDONE, POR FAVOR!

Já salvamos o Irã, derrubamos o Sarney, reestabelecemos a democracia em Honduras, defenestramos o ditador Kim Jong-Il, libertamos sequestrados das Farc e livramos presos políticos da greve de fome em Cuba.
Calamos a boca do Galvão e a do Chàvez. Emudecemos os acordos nucleares e os facínoras, assassinamos a violência e demos voz aos mudos que nunca souberam o que é Internet.
Condenamos deuses, crenças, intolerâncias e babacas. Salvamos Itaipu de um novo colapso. Defendemos nossos filhos de curtir a família Restart. Colorimos a homofobia.
Destruímos comunistas. Escritores comunistas. Apresentamos o meu gosto e o mau gosto. Demos de bandeja soluções rápidas para consertar o mundo, parar vazamentos no Golfo do México, ter sucesso na vida e a escalação infalível na Copa.
Mostramos com quantos paus se faz uma canoa e com quantos se anuncia uma enchente. Colocamos atrás das grades os Nardoni. Todos os que existem. Levamos a cabo marcas consagradas. Provocamos a queda nas ações da Jabulani. Libertamos a imprensa inteira daquela tarja que não deixa ninguém falar.
Matamos a Fernanda Montenegro (2 vezes) e o Dinho Ouro Preto (menos do que gostaríamos).
Demos RT em propaganda de xampu, bijuteria e caixas de cerveja – mas esse fora um desvio de rota.
E os bebês-foca?! Cristo! Nunca mais uma sequer vai cobrir alguma Paris Hilton!
Fizemos tudo isso, com isso “#”, sem tirar a bunda da cadeira. Agora imagina o que NÃO faríamos impunes, correndo como loucos, piando por aí?
A ironia, fosse um troço maciço, deixaria muito nego com hematoma.

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