A maioria das pessoas passa despercebida pelo momento da apresentação. Quando aproximamos dois desconhecidos, falamos o nome, às vezes a profissão, às vezes de onde o conhecemos, e só. Para quem é apresentado, a referência inicial do outro, assim, reside quase totalmente em seus preconceitos e impressões iniciais, que se tornam a base para o desenvolvimento da relação.
Não é sem razão que colecionamos tantas relações sem sal, de onde não sai quase nada… Isso não se deve à ausência de possibilidades nos outros, mas ao modo restrito com que nos conectamos.
Somos cegos para um processo que sempre ocorre em todos as apresentações: o outro nasce em nosso mundo e nós pisamos numa terra até então desconhecida, surgimos num novo universo. Às vezes com novas identidades (numa empresa, por exemplo), às vezes com novas qualidades – diante de uma namorada generosa que nos estimula a crescer.
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