domingo, 10 de janeiro de 2010

MIRA CERTA


Você vai viajar e é desrespeitado pelas companhias aéreas. Você vai a uma loja, compra uma coisa e te entregam outra. Você não aguenta mais perder tempo reclamando de sua operadora de telefonia celular. Você não suporta ser enganado por políticos nos quais votou um dia...
O que há de comum nessas situações? Muito e quase nada...
Reclamar seus direitos é um pressuposto básico da cidadania. Está na base do direito. Funciona quase como um regulador da convivência humana.
O problema é como e de quem reclamar. Há gente que se esgoela, mas consegue apenas ficar rouco, quiçá louco.
Há gente que corre direto para a justiça, mas há ações que além de caras, podem durar anos.
Como reclamar?
Há questões que são reguladas pelo poder público. Por causa disso foram criadas agências reguladoras, que visam o necessário equilíbrio entre o interesse público e o lucro privado.
Depois do que ficou conhecido como processo privatista, uma enxurrada de siglas invadiu o vocabulário do brasileiro: Aneel, Anatel, Anac...
Você sabe para que elas servem?
Pouco antes de privatizar algumas áreas essenciais para o cidadão, os governos elevaram as tarifas a um patamar vergonhoso, além de conceder aos empresários compradores créditos generosos e a juros de pai para filho...
Você conhece essa história? Pois é, trate de descobrir, pois você pode estar jogando pedras no muro errado.
O problema é telefonia? Comece pela Anatel. De energia? Entupa os telefones da Aneel. Seu vôo foi cancelado? Reclame com a Anac.
Afinal, estas siglas são mantidas por nosso dinheiro e têm de cumprir sua função. O resto? O resto pode até ser legítimo, mas poderá ser ineficaz. E para um povo que paga uma das maiores cargas tributárias do planeta e de sua história, nada mais justo do que começar a cobrar eficiência de seus governantes. Lembre-se: a maioria dos políticos se elege graças ao dinheiro doado por empresas que eles deveriam fiscalizar em nosso benefício...
Alexandre Pelegi

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