quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

AI SE EU TE PEGO

Um amigo leitor, o Alberto, me escreve: “Continuo aqui em Istambul e ontem fui fazer uma visita a um amigo. Para minha surpresa, na televisão estava passando aquela música de um cantor brasileiro chamado Michel..."assim você me mata..". Bem, será que não temos coisa melhor pra exportar?”

Pô, até na Turquia?

Anos atrás Rita Lee afirmou numa entrevista que se quisesse compor e gravar um sucesso musical, tinha um jeito de dividir a letra, de criar um refrão, um esquema estético que serviria como base para que a canção se transformasse num sucesso. Existiria assim um método, uma fórmula que explica esses sucessos grudentos. Mas um fenômeno como o “Ai se eu te pego” vai mais longe.

O biólogo inglês Richard Dawkins, lançou em 1976 no livro chamado O GENE EGOÍSTA um termo novo: “meme”, uma brincadeira com o termo “gene”, que vem do grego mimeme e quer dizer “alguma coisa imitada”. Um meme seria “uma idéia, comportamento ou estilo que se espalha de pessoa para pessoa dentro de uma cultura” através da escrita, da fala, de gestos e rituais. Músicas inclusive...

Os redatores de propaganda e de humor já sabem disso há muito tempo. Quem é que não se lembra de “Né não, Pedro Bó?”, “Só abro a boca quando tenho certeza”, “O macaco tá certo”, “ E o salário, ó...”. Memes, memes e mais memes. No âmbito da internet, onde se discute o conceito da distribuição de informação de forma “viral”, quando uma pessoa “contamina” a outra com um vídeo, um poema, um texto ou uma imagem, o conceito do meme vem a calhar. Temos um exemplo atual na propaganda do banco Itaú com o bebê gargalhando conforme uma folha de papel é rasgada. Irresistível! Aquilo é um vídeo famoso do Youtube, com mais de 30 milhões de visualizações, um meme, um fragmento de informação irresistível, que quem vê (é contaminado), repassa imediatamente (contamina) para seus conhecidos.

No início de 2012 "Luiza que está no Canadá" transformou-se no meme das redes sociais...

A Macarena é um meme. O refrão “pocotó, pocotó, pocotó, minha eguinha pocotó” é um meme. E “delícia, delícia, assim você me mata. Ai,se eu te pego, ai, ai, se eu te pego” também é um meme que, aliado aos gestos da dancinha, gruda no cérebro da gente. Some-se a exposição pública com Neymar e Cristiano Ronaldo e você tem a bomba atômica Michel Teló, que daqui a pouco vai passar, substituída por outro meme. Mas enquanto não passa, você pode não gostar, mas garanto que anda dizendo:

- Pô, não consigo tirar essa música da cabeça!

Pois é... Dizem que os memes fazem cócegas em nosso cérebro, e a única forma de combater as cócegas é coçando. E para coçar o cérebro, só repetindo o meme. É assim que a coisa funciona. Bem, agora você já sabe. Quando se pegar cantando, mesmo que mentalmente, “Ai se eu te pego”, é coceira no cérebro. Mas não se desespere. Com o tempo, passa...

Ô Alberto, quando você tiver a letra em turco, manda pra gente!

Luciano Pires

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

MARKETING MADNESS


NESTE VERÃO: SEREIA OU BALEIA?

A academia Runner criou um outdoor que perguntava o seguinte: 
"Neste verão, você quer ser sereia ou baleia?"
  
Uma mulher enviou a sua resposta: 

“Ontem, vi um outdoor da Runner, com a foto de uma moça escultural de biquíni e a frase: “Neste verão, qual você quer ser?”
Sereia ou Baleia?
Respondo:
Baleias estão sempre cercadas de amigos.
Baleias têm vida sexual ativa, engravidam e têm filhotinhos fofos. Baleias amamentam.
Baleias nadam por aí, cortando os mares e conhecendo lugares legais como as banquisas de gelo da Antártida e os recifes de coral da Polinésia.
Baleias têm amigos golfinhos. Baleias comem camarão à beça.
Baleias esguicham água e brincam muito.
Baleias cantam muito bem e têm até CDs gravados. Baleias são enormes e quase não têm predadores naturais.
Baleias são bem resolvidas, lindas e amadas.
Sereias não existem. Se existissem viveriam em crise existencial: “Sou um peixe ou um ser humano?”
Sereias não têm filhos, pois matam os homens que se encantam com sua beleza. São lindas, porém tristes e sempre solitárias...
Runner, querida, prefiro ser baleia!"
Via Facebook

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

“Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação”.  
Mário Quintana

10 COISAS QUE OS HOMENS NÃO GOSTARIAM DE SABER SOBRE RELACIONAMENTOS

1. Não é só você que gosta de sair sozinho. As amigas da sua namorada também a convidam para baladas. Inclusive as solteiras. Se ela não sai sozinha, não é por falta de convite.

2. Mulheres gostam de detalhes – e contam a maior parte das coisas para as amigas. Inclusive sobre o tamanho do seu membro.

3. As mulheres mentem melhor do que os homens. Se você está se achando o homem mais esperto do universo, transando com outras mulheres enquanto está namorando, é bem provável que ela esteja fazendo o mesmo.

4. Mulheres gostam de atenção e companhia. Por isso são rivais dos video games que te hipnotizam por horas.

5. Ela não ficou chata depois que vocês casaram. Ela sempre foi assim – foi você que não a observou com cuidado.

6. Você não é a única pessoa que pode fazê-la feliz.

7. Ela finge que não liga, mas adora quando você a insere nos seus planos futuros.

8. Ela volta e meia questiona se vale mais a pena ficar solteira ou comprometida com você. Suas atitudes diárias determinam a escolha.

9. Mulheres querem ouvir detalhes. Quando te perguntam se estão bonitas, elas queriam ouvir de volta: “Hmm…deixa eu ver, dá uma volta. Uau, esse vestido ficou lindo em você. Adorei também seu cabelo desse jeito. E esse sapato novo? Te deixou bem charmosa. Vem aqui me dar um beijo, minha gostosa.”

10. Ela sempre vai lotar o banheiro com potes, cremes, certinhas, secador, sabonetes, etc. Difícil lutar contra isso. 
Casal sem Vergonha
"A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta." 
Nelson Mandela

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O QUE PODE SER MAIS IMPORTANTE DO QUE A FELICIDADE?

Você quer comprar coisas bonitas, se embelezar, pois investir em sua aparência e status lhe parece a solução final de todos os problemas. As biografias de gente linda, milionária e infeliz, entretanto, não são difíceis de encontrar. O contrário disto, porém, lhe parece improvável: a falta de ambição ou vaidade não devem levar ninguém ao paraíso. Sim, é complicado. A ideia do mundo capitalista é convencer a todos de que o dinheiro e a boa aparência, ou qualquer outra forma de poder, são uma solução permanente e infalível. Ainda que isto só se comprove nas aparências. Para barco que não sabe a qual porto se dirige, nenhum vento é bom.

O psicanalista britânico Adam Phillips, autor de “Monogamia”, afirmou em entrevista dada por ocasião do lançamento do livro: “A única escolha é ser feliz ou não. É isso que está sendo vendido como o único programa: quanto prazer você pode ter, quão feliz pode ser. Só que felicidade pode ser como uma droga, nunca satisfaz, você quer sempre mais. Há coisas muito mais importantes que a felicidade: justiça, generosidade, gentileza.”

Li este pequeno parágrafo e achei que valia a pena refletir sobre isto aqui com você. Parece-me claro que felicidade é um valor, ou sentimento, superestimado. A ideia da monogamia, dos padrões de relacionamento atuais que discutem muito mais regras contratuais do que contemplam as singularidades de cada sentimento a cada momento em cada pessoa. As orientações sexuais se multiplicam e, paradoxalmente, todos querem entrar em uma definição que “facilite” as identificações. Não parece haver um estilo de vida que resolva a vida de todos.

As simplificações que reduzem a “vida boa” a algo que se pode comprar, ao objeto do desejo para além do próprio corpo ou consciência, é um perigo. Qual a beleza da flor que não foi vista? A beleza está na flor ou nos olhos de quem a vê? E ver, terá a mesma significação de contemplar? Ver não é enxergar. Como felicidade não é, ou não me parece ser, um estado contínuo de sentimentos positivos, alegrias e contentamento. Nada pode parecer tão aprisionador e sufocante quanto um orgasmo, ou epifania.

Isto conduz a uma outra reflexão: quando podemos dizer que somos felizes com alguém? Quando estamos o tempo todo com aquele ar de quem está de férias na Polinésia Francesa com tudo grátis em hotéis de seis estrelas? Quando somos lindos e jovens, estamos de roupas novas, a saúde está perfeita e podemos nos entregar indulgentemente a todos os prazeres mundanos? Certo que não, embora não seja de todo má esta ideia.

Fazer a vida ser boa dá trabalho. Fazer um relacionamento funcionar também. E trabalho é, por vezes, algo que nos coloca em situações críticas, nos exaure, nos angustia. Ajudar alguém, ou servir a algum princípio ou causa que não busca recompensas imediatas pode sim ser gratificante. É preciso ter a ciência de que, ainda que isto signifique grandeza de espírito, pode, e deve, contemplar algum sacrifício ou, até mesmo, dor. Realização e felicidade não moram na mesma casa e nem trabalham no mesmo período mas, claro, podem fazer parte do mesmo roteiro.

Monogamia pode ser bom ou ruim. Fidelidade também. Lealdade, por outro lado, é fundamental para que se faça grande uma história ou sentimento por alguém. Existem muitas formas de se relacionar. Cada pessoa quer coisas diferentes ao longo da vida, ou não, mas precisa fazer contato com isso. E deixar que o alguém que lhe importe também o faça. Num mundo, e diante de uma vida, cheio de incertezas, é muito bom que olhemos para dentro para consultar, de tanto em tanto, quem somos e o que queremos. Escolher um porto e içar velas. Assim poderemos saber se estamos indo bem ou não, na construção de nossa história.

Um dia desses, no meio de uma consulta com o pediatra, meu filho de quatro anos que estava meio absorto em suas ideias, me perguntou: “Papai, quando uma pessoa morre ela não fala mais nada? Quando eu morrer eu não vou existir mais? Não sobra nada?” Tentando não perder o foco na consulta, respondi rápido: “Meu filho, quando as pessoas morrem elas viram histórias. Histórias e estrelas no céu”. Ele complementou: “E as pessoas que ficam contam a nossa história, não é papai?”. É, filho. Por isso, temos que escrever uma bem bonita. 
Leo Jaime

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

8 COISAS QUE APRENDI COM STEPHEN HAWKING

1. O universo criou a si mesmo

Esta foi, sem dúvida, a maior polêmica levantada por Hawking em "O Grande Projeto": a ideia de que o universo pode ter sido perfeitamente criado por si próprio, sem a necessidade da figura de Deus para explicar seu surgimento. Os dois cientistas garantem que essa hipótese é fisicamente justificável, já que o universo possa ter surgido a partir de um estado onde nada existia, ou seja, do zero. Devido a leis como gravidade, conforme eles explicam, podemos supor que as galáxias são capazes de regular seus mecanismos de forma independente.

2. Quarks nunca estão sozinhos

Os quarks, bem como os léptons, são as partículas mais básicas do universo, pois constituem a matéria. O quark é o único, dentre essas partículas, que interage através de todas as quatro forças fundamentais (gravidade, electromagnetismo, força nuclear fraca e força forte), além de dois de seus seis tipos serem formadores de prótons e neutrons. Hawking e Mlodinow sugerem que a atração entre os quarks funciona da seguinte maneira: quanto maior a distância entre dois quarks, mais cresce a força que os mantém unidos. Logo, estão sempre juntos, e não existem quarks livres na natureza.

3. O teorema de Pitágoras não é de Pitágoras

Quem estudou matemática no colégio, sabe que essa foi uma das noções mais básicas do aprendizado criada por Pitágoras acerca dos lados de um triângulo, afirmando que a² + b² = c². Contudo, Hawking e Mlodinow sugerem que não foi Pitágoras o autor dessas fórmulas sobre catetos e hipotenusas. Segundo os físicos, os antigos babilônios já aplicavam estas noções matemáticas séculos antes de Pitágoras nascer, em 570 a. C.

4. Teoria do peixe no aquário redondo

Há alguns anos, as autoridades de Monza (Itália) proibiram toda a população de criar peixes em aquários, pois era qualificado como prejudicial aos animais, que teriam uma visão distorcida da realidade devido à curvatura do vidro. Sobre isso, os físicos lançaram a seguinte questão: como é que podemos saber qual é a verdadeira visão da realidade? Como podemos garantir que não estamos nós mesmos vendo o mundo através de algo como um aquário curvo, que distorce permanentemente o que consideramos "real"?

5. Relatividade geral

Hawking e Mlodinow fizeram uma releitura de alguns pontos da velha teoria da relatividade, formulada por Albert Einstein. Ela explica como a matéria e a energia influenciam o meio e causam curvaturas no espaço-tempo (o que origina, por exemplo, a gravidade e os buracos negros). Entre outras características, a teoria afirma que o tempo flui mais lentamente quando nos aproximamos de um corpo de grande massa, como um planeta ou estrela. Na época em que a lei se espalhou pelo meio científico, ficou a ideia de que ela se aplica apenas a grandes eventos no universo, como os buracos negros, por exemplo. Porém, os físicos explicam que a lei é automaticamente levada para qualquer sistema de medição de tempo e espaço - tal como um GPS - e, sem a relatividade geral, as medições dariam resultados imprecisos por quilômetros de distância.

6. Teoria do todo

Uma teoria do todo, conforme sugere o nome, é qualquer uma que unifique todos os fenômenos físicos do universo sob um único padrão matemático. De acordo com Hawking e Mlodinow, a única teoria do todo válida para explicar nosso meio seria a Teoria M. A ideia diz que o universo seria composto de cordas que vibram em diferentes frequências e determinam as dimensões em que as galáxias se posicionam. Com essa teoria, haveria não três, mas onze dimensões existentes, o que dá origem a mais de um universo.

7. O passado é uma possibilidade

Se podemos apenas saber que uma partícula viajou de um ponto A a um ponto B, mas não observamos o caminho que ela fez para chegar ao seu destino, é possível concluir que ela, simultaneamente, fez todos os trajetos possíveis para construir a trajetória. Esse é um princípio da mecânica quântica, que explica: se qualquer evento no passado não foi observado e registrado, ele é tão indefinido quanto um evento futuro. Dessa forma, não se pode dizer que ele aconteceu de determinada maneira, e sim de todas as maneiras possíveis ao mesmo tempo. Loucura, não?

8. A força da luz

A cada segundo, uma lâmpada incandescente comum, de 1 watt, emite um quintilhão de fótons , a partícula elementar da luz. Pode-se dizer, de maneira primária, que os fótons são como pequenos pacotes dentro dos quais a luz é emitida. Os cientistas ainda investigam a fundo as propriedades de um fóton, que se comporta simultaneamente como partícula e como onda.