domingo, 31 de julho de 2011

VIDEOGAMES X TRÂNSITO

Minha professora da auto-escola diria que eu não sou um motorista defensivo.
Videogames me tornaram inapto para o trânsito. Pelo menos para o trânsito atual.
Alguém bate no carro do outro, ninguém consegue ver o dano, mas é possível ver um descasque leve da tinta, dependendo da posição da luz. Isso já é motivo para sair do carro, parar o trânsito, discutir por horas, entrar em contato com o seguro, periciar o veículo, perder dia de trabalho.
Ah, véi, se baterem no meu carro e arrancarem o porta-mala, eu vou sair, olhar e dizer "Opa, ainda anda".
É assim que videogames funcionam. Você bate o carro e vai batendo até o life acabar. Arranhão não é motivo pra parar, ainda dá pra completar a fase.
Se você joga GTA e o carro da frente não anda, você acelera e vai empurrando o outro carro pra ele sair do caminho. Se o cara sair pra discutir, você atropela.
A vida real é tão superficial. É uma questão de desprendimento: as pessoas não deviam ficar querendo a perfeição nos seus carros. Qualquer coisa é motivo pra escarcéu. Um arranhão, um retrovisor quebrado, um farol estilhaçado, escapamento vazando.
Se tocarem no parachoque do seu carro, sem stress. Passe a chave no carro do cretino e complete a missão.

terça-feira, 26 de julho de 2011

VOLTEI

Tô bem sumida daqui.
Por favor, não me julguem.

A HORA DO CAFÉ

Daí que a novidade no meu trabalho é uma máquina de café hiper ultra power moderna, que usa grãos artesanais e produz café de vários tipos e capuccinos e zzzzzzzzzzzzzzzz. E daí que o lugar onde ela fica - que é do lado da minha mesa, beijos - virou o point da alegria e descontração dos coleguinhas.
Eis que eu estava voltando da lanchonete de uma reunião e dois senhores tomavam seus cafés feitos com grãos artesanais. Simpática que sou, falei "oi" e continuei andando, quando um deles me chama:
- Vem tomar um café com a gente!
- Er... não, obrigada. Não sou muito fã de café.
- Ah, não? E de que você gosta?
- De cerveja... de vodca... vinho... bebidas alcoólicas em geral.
- ...

SEMPRE

‎''Haverá sempre 1 data, 1 palavra, 1 olhar, 1 filme, 1 música, 1 ponto, 1 sorriso, 1 motivo que me fará lembrar de você.''

BOM DIA PRA VOCÊ QUE...

E quando você acorda não se sentindo um ser humano?
Bom dia pra vc.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

FOFINHA ESSA MÚSICA


Manu Gavassi, guarde esse nome.

UMA CARTA DE DESAMOR

Me desculpe por ter tomado a iniciativa. Me desculpe por ter escrito. Me desculpe por ter ligado. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por ter dito sim. Me desculpe por ter gemido. Me desculpe por ter gozado. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelos machucados que sua ex deixou em você. Me desculpe por eu ter vindo logo atrás dela. Me desculpe por querer entender seu silêncio. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu não ter usado máscara. Me desculpe por desejar alguma intensidade. Me desculpe por desejar. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelo que foi ruim. Me desculpe pelo que foi bom. Me desculpe pelo atrevimento de supor que eu merecia o que de bom aconteceu. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu ter tirado a roupa. Me desculpe por eu ter mostrado meu corpo. Me desculpe por eu ter gostado de mostrar meu corpo. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu ter escrito coisas lindas para você. Me desculpe por você não ter entendido um terço do que eu escrevi. Me desculpe por você ter me achado ousada demais. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por, em algum momento, eu ter te amado. Me desculpe por, em algum momento, eu ter te achado bonito. Me desculpe por, em algum momento, eu ter me achado bonita. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelos seus erros de português. Me desculpe pelos erros de português da sua nova namorada. Me desculpe pela sua nova namorada achar margarida uma flor pobre. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por você torcer para o Palmeiras. Me desculpe se uma barata entrar na sua cozinha algum dia. Me desculpe pelos 130 km de congestionamento em São Paulo agora. Me desculpe por eu ter voz.
Mas, sobretudo, me desculpe por pedir essas ridículas, inúteis e dolorosas desculpas. Que, naturalmente, não são para você, afinal, porcos não reconhecem pérolas.
Stella Florence, agora em entrevista na Rádio Transamérica.