domingo, 31 de julho de 2011

VIDEOGAMES X TRÂNSITO

Minha professora da auto-escola diria que eu não sou um motorista defensivo.
Videogames me tornaram inapto para o trânsito. Pelo menos para o trânsito atual.
Alguém bate no carro do outro, ninguém consegue ver o dano, mas é possível ver um descasque leve da tinta, dependendo da posição da luz. Isso já é motivo para sair do carro, parar o trânsito, discutir por horas, entrar em contato com o seguro, periciar o veículo, perder dia de trabalho.
Ah, véi, se baterem no meu carro e arrancarem o porta-mala, eu vou sair, olhar e dizer "Opa, ainda anda".
É assim que videogames funcionam. Você bate o carro e vai batendo até o life acabar. Arranhão não é motivo pra parar, ainda dá pra completar a fase.
Se você joga GTA e o carro da frente não anda, você acelera e vai empurrando o outro carro pra ele sair do caminho. Se o cara sair pra discutir, você atropela.
A vida real é tão superficial. É uma questão de desprendimento: as pessoas não deviam ficar querendo a perfeição nos seus carros. Qualquer coisa é motivo pra escarcéu. Um arranhão, um retrovisor quebrado, um farol estilhaçado, escapamento vazando.
Se tocarem no parachoque do seu carro, sem stress. Passe a chave no carro do cretino e complete a missão.

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