segunda-feira, 25 de abril de 2011

SE EU FOSSE EDITOR DE JORNALISMO DA GLOBO

O Jornal Nacional seria ainda mais restritivo em relação as marcas, nenhuma seria veiculada. Não só as marcas seriam borradas nas reportagens externas (como já são), mas também os repórteres não mais apareceriam na tela. Merchandising pessoal? Nananinanão.
Aliás, para evitar qualquer tipo de propaganda, mesmo que dos funcionários, o jornal seria totalmente impessoalizado. Adeus, William e Fátima. Agora vai ser tudo narrado por aquela voz mecânica do Google Translate. Melhor ainda, os jornais seriam feitos no Xtranormal. Obviamente o logo do Xtranormal ficaria quadriculado no canto da tela.
Hoje mesmo o JN colocou no ar uma reportagem maravilhosa falando do "tablet mais vendido no mundo, criado por uma empresa americana, montado por uma empresa taiwanesa". Eu só acho que, em vez de falar que Dilma Roussef é a presidente do Brasil, deveriam dizer que discursou hoje "uma certa presidente de determinado país". Tão querendo se promover nas costas do meu jornalismo? É ruim, hein.
Nos testes do Inmetro do Fantástico, marcas seriam suprimidas do mesmo jeito, a única coisa que ia passar pela minha censura férrea seriam afirmações como "Algumas marcas de torneira passam e outras tantas reprovaram em testes de dada autoridade governamental. Uma das marcas reprovadas enviou o seguinte comunicado dizendo que: 'A Fábrica de Torneiras obedece a todos os padrões internacionais de qualidade".
Na hora dos Gols do Fantástico, Tadeu Schmidt, que ficaria atrás de uma parede de ladrilhos e usaria um modulador de voz, só poderia se referir aos times como "equipes de uniforme azul" ou "equipes de uniforme vermelho". Se alguém fizesse três gols numa partida, não só não apareceria na TV pedindo música nenhuma, como ninguém nunca saberia que uma pessoa marcou três gols. Porque aí já é publicidade demais, né?

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