sexta-feira, 17 de julho de 2009

"Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra."
Carlos Drummond de Andrade

Um comentário:

saulo bittencourt disse...

Aparentemente, sem sentido. Mas já pensaram que a vida da gente é uma luta constante pra tirar pedras do caminho? Agora, há sempre aquela pedra inesquecível. A fuderosa; a ronhenta; aquela que é mais difícil de se retirar. Fico triste quando leio Drummond. Pela graça de Deus, teve o dom de penetrar em uma esfera onde poucos têm o direito de trafegar. Mas ficou taciturno, sorumbático. Por contradição, dava sinais de ateísmo. Isso me deixa mais triste. De certa forma, sucumbiu sob o peso de uma dádiva dada a poucos. Não vamos longe, Fernando Pessoa se afogou em vinho...Peraí, minino, é aula é? Vôte!...