quinta-feira, 2 de julho de 2009

NINGUÉM VAI MATAR NINGUÉM NÃO!

O cinema vai matar o teatro. O rádio vai matar o cinema. A televisão vai matar o rádio. A Internet vai matar a televisão. Os blogs destruirão a literatura. O Twitter é o ponto final dos blogs. E, para atualizar um pouco, as redes sociais matarão as listas de discussão e o Google wave cortará a cabeça de todo mundo. Alguém percebe um padrão nisso tudo? Por favor, chega de posts anunciando o fim do mundo de um meio.

Mas Rodrigo, o VHS acabou com o Betamax, o DVD está afogando o VHS e o Blue Ray provavelmente riscará os DVDs do mapa em pouco tempo! Aí é que está. Todas essas siglas bonitinhas servem ao mesmo propósito: armazenar mídia. Blogs, Twitter, rádio, podcasts, videocast, fórum, mensagens instantâneas e listas de e-mail servem para coisas diferentes. Têm públicos, características e funções diferentes.

O que acontece, na verdade, é a existência de um meio não só complementar, mas acelerar a evolução de outro. Os podcasts, por exemplo, trouxeram nova luz aos programas de rádio. E não tem como o Twitter, com um limite de 140 caracteres substituir os blogs. Afinal, onde é que você vai destrinchar o seu argumento inteiro? (Mesmo porque, grande parte dos links que circulam pelo Twitter aponta para blogs.)

Até nos formatos, ou ferramentas, que tendem a um ciclo de vida e morte, ainda há sobrevida se reinventando, ou pela própria dinâmica da cauda longa: alguns detalhes sempre farão diferença significativa para um público ou outro. Tanto que parece que o Google estará por aí até 2084!

Peixe Fresco

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